Sep 21, 2010

Como se sentir inteligente OU Alerta de Spoilers.

Sim, é um anjo com uma metralhadora e uma faca do Rambo.


Eu li num blog aleatório uma crítica positiva sobre esse filme, e acho que resolvi transformar meu próprio blog num espaço pra críticas cinematográficas, pelo menos assim eu me animo a escrever. Taí a justificativa pro post.

Comecemos. Eu acho justo começar dizendo que esse filme não faz sentido NENHUM. Mas vamos ao plot, sem interferências: Deus ficou de saco cheio da humanidade, da mesma forma que ficou milênios atrás, pouco antes de enviar O diluvio. Dessa vez, entretanto, resolveu fazer com que seus anjos possuíssem o corpo dos seres humanos de coração fraco, para que esses matassem, na base da mordida, todos os outros humanos. No meio disso tudo, o bebê de uma garçonete, é a única salvação possível pra raça humana. Sendo assim, o arcanjo Miguel desce à Terra, corta as próprias asas e desobedece as ordens dO chefe para proteger a criança.

Eu não sou daqueles que gosta de tudo bem explicadinho, nos mínimos detalhes, pelo contrário. Eu adoro quando um filme não mostra tudo, quando deixa minha imaginação agir, mas tudo, tudo tem limite.


Acho válido dizer também que não sou religioso, mas já li a Bíblia algumas vezes à título de curiosidade e conhecimento. Que iniciem-se os trabalhos.

Deus, onipotente, resolveu acabar com a humanidade pela segunda vez. Porque obviamente ele falhou na primeira. Como O cara é um puta sádico (vide o velho testamento) ele transforma as pessoas em zumbis/possuídos, com o poder de andar no teto, arrancar pedaços de membros humanos na mordida e ficar parados enquanto comem chumbo. Até aí tudo bem.

Logo depois da introdução (?) do personagem Michael, que fica sem asinhas e detona uns policiais possuídos, somos apresentados a outros personagens ainda mais vazios que o anjo herói. A garçonete grávida de pai desconhecido; Seu amigo trouxa apaixonado por ela; O pai dele bonitão típico caipira do deserto; O cozinheiro da possilga maneta e negão; e todas aquelas outras pessoas que vão eventualmente morrer no processo.

O bebê no ventre da garçonete acontece de ser a salvação dos humanos, a única possibilidade de sobrevivência pra toda a espécie, e Michael vem até nós com o intuito de proteger a mãe/criança a qualquer custo (Não, o nome dela não é Connor). Porque o bebê é The One? Porque Deus simplesmente não deseja que a criança não exista? Porque todos os anjos do céu não se materializam a 30 centimetros da infeliz e acabam com o sofrimento dela? Como um anjo consegue usar uma arma de fogo melhor que o Rambo? Nenhuma dessas questões parece importante ao roteirista.

Eu não esperava um filme denso, cheio de suspense e drama, não. Eu só queria sangue, e um tratamento decente dispensado à minha inteligência. De toda forma, o que acontece? Todos os personagens, exceto o anjo, que ainda não chegou, ficam presos nesse restaurante no meio do nada, sério. Aparece uma velhinha tomada pelos anjos. Anda no teto, joga frigideira, tiro, tiro, “papai, não consigo puxar o gatilho”, pedaço de pescoço, fim da velhinha. Eles se vêem então ilhados, sem nenhum tipo de comunicação. Eis que neste momento surge o anjo, com uma mala de armas de fazer inveja ao Mariachi, sem nenhuma explicação. Fortificam o restaurante, tiros, tiros, vão morrendo de um em um.

No final sobram apenas o anjo, a mãe e o trouxão apaixonado. Depois de uma luta insonssa contra um outro arcanjo, Michael morre (?). Mas antes do fim ele retorna alegando que “Conhecia o que se passava no coração de Deus melhor que o próprio Deus”. O outro arcanjo vai embora, os anjos/demônios despossuem as pessoas, fim.

Desculpem pelos spoilers, não podia ser de outro jeito. Termino o posto prometendo uma crítica de Akira ainda esta semana, e colocando definitivamente Legião no meu Top 5 piores filmes que já vi, e não num bom sentido.


Jul 23, 2010

Entendendo Hollywood, ou não. Parte I

Antes de mais nada, me sinto obrigado a explicar o motivo do hiato imenso entre os posts. Eu sou chato, MUITO. Eu escrevo alguma coisa depois de dias de preguiça interminável e/ou bloqueio criativo e fico lendo, analisando, relendo, e acabo deletando a porra toda. Mas então, sobre o que falamos hoje? Eu tenho muitos assuntos em mente, mas vou selecionar um que prometi a mim mesmo escrever sobre assim que resolvi criar o blog, então lá vai.

Homem e mulher. Ele é um pegador inveterado, ela é inteligente, bonita, sexy e quer formar uma família. Eles se conhecem, se odeiam, depois se amam, mas alguma coisa acontece e um se decepciona com o outro. Não muito tempo depois percebem que se amam de verdade e que não podem mais ficar separados, e vivem felizes para sempre. Fim.

Esse curto parágrafo resume muito bem a também curta criatividade hoollywoodiana para com seus roteiros de comédias românticas. Salvo, obviamente, raras exceções. E é de algumas dessas exceções que eu gostaria de falar hoje.

Minha namorada é fã de comédias românticas, apesar de negar até o morte, e até termos tido algumas discussões sobre o conceito de fã. É por conta dela, direta ou indiretamente que eu acabo assistindo a maioria dos filmes do gênero que assisto, e acabei justamente por isso percebendo o motivo de eu gostar de alguns desses filmes, quer eles mantenham-se inexoravelmente dentro dos padrões do estilo, caso de "Alex & Emma" ou ainda "Como se Fosse a Primeira Vez", ou que tragam algo novo ao gênero já tão conhecido, como "Simplesmente amor" ou sua versão californiana, "Idas e vindas do amor".

Mas o que esses filmes tem de especial pra mim? Não muito. Particularmente eu prefiro os dois últimos aos dois primeiros. Primeiramente por que é muito menos tedioso acompanhar várias relações cômico-românticas em curtos flashes ao mesmo tempo que uma só durante todo o decorrer do filme, e depois por...não, é só por isso mesmo. Meu favorito é o filme anglo-americano, muito por conta do seu elenco. Não é sempre que eu posso ver Severus Snape seduzido por uma ninfeta, ou Qui-Gon Jinn dando conselhos sentimentais ao seu filho. Mas pra ser muito sincero, o que eu gosto mesmo nesse filme é da situação silenciosa entre os personagens de Keira Knightley e Andrew Lincoln, simplesmente acho bonitinha a sequência dos dois.

Use camisinha, padawan.
Já em Valentine's day - o ser que trabalha na tradução dos títulos dos filmes usa drogas, pesadas - gosto do encaixe dos personagens, principamente da participação de Julia Roberts, que vale o filme todo pela tirada final durante os créditos, só. Quanto aos dois primeiros filmes citados, bem, acho ambos engraçadinhos. Não sou muito fã de Luke Wilson, mas ele funcionou bem como o autor com bloqueio criativo que deve dinheiro pra máfia (?), o charme do filme fica mesmo por conta de Kate Hudson, não que eu a ache boa atriz, mas ela é...charmosa. Como se fosse a primeira vez entra na lista por ter uma das melhores químicas já vistas por mim no estilo, Drew  Barrymore e Adam Sandler convencem na história fantástica e diverterm pelo tempo em que o filme se propõem a fazê-lo.

Não me vêm à mente nenhum outro filme digno de menção, talvez Uma Linda Mulher por estabelecer os parametros do gênero, mas não tenho certeza. De resto, continuo não gostando das comédias românticas, mas continuo assistindo porque, né?


Jul 11, 2010

Uma nova forma de ver as coisas que já tem novas formas de ser vistas.

Acho que todo blog precisa de um post introdutório, esse é o meu. Pretendo aqui criticar, pra bem ou pra mau, as coisas que fazem parte do meu universo e provavelmente do seu, ou não. Livros, filmes, jogos em geral, miudezas da vida, discussões acaloradas com pessoas inteligentíssimas all over the internet.

Não sei te tenho base para criticar coisa alguma, mas particularmente não dou a mínima. Então espere aquela dica de livro que você não quer, ou simplesmente saber se vale a pena assistir aquele filme que não para de reprisar no Sci-Fi Channel sobre mexilhões radioativos, ou ainda se aquele jogo de Super Nintendo teria valido a pena de ser jogado nos anos 90. Tudo isso e muito menos, só aqui.