Jul 23, 2010

Entendendo Hollywood, ou não. Parte I

Antes de mais nada, me sinto obrigado a explicar o motivo do hiato imenso entre os posts. Eu sou chato, MUITO. Eu escrevo alguma coisa depois de dias de preguiça interminável e/ou bloqueio criativo e fico lendo, analisando, relendo, e acabo deletando a porra toda. Mas então, sobre o que falamos hoje? Eu tenho muitos assuntos em mente, mas vou selecionar um que prometi a mim mesmo escrever sobre assim que resolvi criar o blog, então lá vai.

Homem e mulher. Ele é um pegador inveterado, ela é inteligente, bonita, sexy e quer formar uma família. Eles se conhecem, se odeiam, depois se amam, mas alguma coisa acontece e um se decepciona com o outro. Não muito tempo depois percebem que se amam de verdade e que não podem mais ficar separados, e vivem felizes para sempre. Fim.

Esse curto parágrafo resume muito bem a também curta criatividade hoollywoodiana para com seus roteiros de comédias românticas. Salvo, obviamente, raras exceções. E é de algumas dessas exceções que eu gostaria de falar hoje.

Minha namorada é fã de comédias românticas, apesar de negar até o morte, e até termos tido algumas discussões sobre o conceito de fã. É por conta dela, direta ou indiretamente que eu acabo assistindo a maioria dos filmes do gênero que assisto, e acabei justamente por isso percebendo o motivo de eu gostar de alguns desses filmes, quer eles mantenham-se inexoravelmente dentro dos padrões do estilo, caso de "Alex & Emma" ou ainda "Como se Fosse a Primeira Vez", ou que tragam algo novo ao gênero já tão conhecido, como "Simplesmente amor" ou sua versão californiana, "Idas e vindas do amor".

Mas o que esses filmes tem de especial pra mim? Não muito. Particularmente eu prefiro os dois últimos aos dois primeiros. Primeiramente por que é muito menos tedioso acompanhar várias relações cômico-românticas em curtos flashes ao mesmo tempo que uma só durante todo o decorrer do filme, e depois por...não, é só por isso mesmo. Meu favorito é o filme anglo-americano, muito por conta do seu elenco. Não é sempre que eu posso ver Severus Snape seduzido por uma ninfeta, ou Qui-Gon Jinn dando conselhos sentimentais ao seu filho. Mas pra ser muito sincero, o que eu gosto mesmo nesse filme é da situação silenciosa entre os personagens de Keira Knightley e Andrew Lincoln, simplesmente acho bonitinha a sequência dos dois.

Use camisinha, padawan.
Já em Valentine's day - o ser que trabalha na tradução dos títulos dos filmes usa drogas, pesadas - gosto do encaixe dos personagens, principamente da participação de Julia Roberts, que vale o filme todo pela tirada final durante os créditos, só. Quanto aos dois primeiros filmes citados, bem, acho ambos engraçadinhos. Não sou muito fã de Luke Wilson, mas ele funcionou bem como o autor com bloqueio criativo que deve dinheiro pra máfia (?), o charme do filme fica mesmo por conta de Kate Hudson, não que eu a ache boa atriz, mas ela é...charmosa. Como se fosse a primeira vez entra na lista por ter uma das melhores químicas já vistas por mim no estilo, Drew  Barrymore e Adam Sandler convencem na história fantástica e diverterm pelo tempo em que o filme se propõem a fazê-lo.

Não me vêm à mente nenhum outro filme digno de menção, talvez Uma Linda Mulher por estabelecer os parametros do gênero, mas não tenho certeza. De resto, continuo não gostando das comédias românticas, mas continuo assistindo porque, né?


2 comments:

Érika Zemuner said...

Comédia romântica é a novela de Hollywood. Todo mundo sabe como termina desde que começa a assistir, mas quer ver do mesmo jeito.

Nanda said...

porque né, minha namorada quer assistir e eu vou aproveitar o escurinho do cinema para fazer outras coisas. HEHEHE

adoro comédias românticas, mas nunca assisto.